Como a tecnologia pode ajudar pessoas com TEA

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Como a tecnologia pode ajudar pessoas com TEA 

Dados do CDC – Center of Deseases Control and Prevention, mostram que 1 em cada 110 pessoas têm autismo no Brasil hoje. Portanto, é possível afirmar que no Brasil, um país com 200 milhões de habitantes, existem aproximadamente 2 milhões de pessoas com autismo. 

 

Quando usamos números para retratar essa realidade, a mensagem fica um pouco fria, então vamos entender a equivalência desses números:

 

  •  A cidade de Campinas, em São Paulo, uma metrópole muito relevante no estado, possui pouco mais de 1 milhão e 200 mil habitantes. 
  • A praia de Copacabana no Rio de Janeiro, no réveillon de 2021, reuniu 2 milhões de pessoas.
  • O estado de Tocantins, na região Centro-Oeste do Brasil, possui pouco mais de 1 milhão e 400 mil habitantes. 

 

Você já parou para pensar na quantidade de pessoas no Brasil hoje que convivem com Transtorno do Espectro Autista? 

 

Por isso, neste artigo, vamos falar sobre como a tecnologia pode ser eficaz para auxiliar na evolução do prognóstico de TEA. 

O que é o Transtorno do Espectro Autista – TEA?

É fundamental entender o conceito para depois compreender como a tecnologia pode ser útil.

 

Segundo a psicóloga Walquíria Medeiros, especialista em TEA – Transtorno do Espectro Autista e membro do Instituto Zoom, que auxilia pessoas com deficiência em Salto-SP, o Transtorno do Espectro Autista é um Transtorno do Neurodesenvolvimento que envolve alterações qualitativas nas áreas da comunicação. 

 

Ou seja: são identificadas alterações na linguagem verbal e não verbal, na interação social e no comportamento, com presença de condutas estereotipadas, repetitivas e interesses restritos.

 

Ela ainda completa dizendo que “o diagnóstico é eminentemente clínico por observações de comportamentos categorizados no DSM5, Manual Diagnóstico  e Estatístico de Transtornos Mentais, de 2013 e o CID 11, a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento de 2022”. 

 

Ainda não existem marcadores biológicos ou exames específicos para a identificação do autismo e também não há cura para o TEA. Porém, quanto mais existirem intervenções precoces, maiores as chances de otimizar o desenvolvimento e amenizar o aparecimento de comorbidades.

 

Sintomas do Transtorno do Espectro Autista 

Segundo Walquiria, alguns dos principais sintomas ainda na primeira infância são: a falta do contato visual, não demonstrar interesse por outras crianças, não responder quando é chamado, fazer movimentos repetitivos com o corpo, “entre outras particularidades”. 

 

Porém, cada habilidade social, emocional e cognitiva pode ser desenvolvida por meio de intervenções e tratamentos integrados e contextualizados e a tecnologia pode ser muito eficaz nesse processo. 

 

É possível inserir tecnologia no tratamento de pessoas com TEA?

 

Para a psicóloga Walkiria, a tecnologia pode – e deve – ser inserida no tratamento e até no diagnóstico de pessoas com TEA desde que hajam divulgações de referências sérias de conhecimento, com fontes confiáveis, referências de pesquisas de sites para conhecimento, tendo em vista a diversidade divulgada em sites, livros, revistas e redes sociais.

 

“Após as famílias serem inseridas neste mundo do autismo,  temos o cuidado de passar a elas referenciais de sites, livros, aplicativos e instrumentalizá-los com materiais de pesquisa que beneficiem o empoderamento aumento das perspectivas, para que enxerguem que não estão sozinhas nesta jornada”, complementa. 

 

Inclusive, em março de 2022, foi divulgado um artigo da revista científica Scientific no qual um estudo tratava do diagnóstico do autismo por meio de rastreamento de movimentos oculares, com base em amostras de atenção visual. O resultado desse estudo pode representar um novo momento para a psiquiatria. 

Principais benefícios do uso da tecnologia em pessoas com TEA

Dentre os benefícios dessa instrumentalização com o uso da tecnologia em pessoas com Transtorno do Espectro Autista estão:

 

  • Maior facilidade em encontrar informações sobre o direito dessas pessoas;
  • Jogos e bate-papos que contribuem para a evolução do prognóstico;
  • Acesso a exames genéticos na busca de diagnósticos mais precisos;
  • Avanço no tratamento com mais facilidade e rapidez;
  • Inclusão na sociedade por meio de ferramentas mais personalizadas e abrangentes. 

Como oferecer suporte a pessoas com TEA por meio da tecnologia

Uma das principais necessidades das famílias que recebem o diagnóstico do autismo é receber apoio e instruções quanto aos primeiros passos dessa jornada. Por isso, a tecnologia se torna tão importante. 

 

“A utilização da pesquisa, das fontes confiáveis, de lugares especializados contribuem para encontrar o profissional especializado com mais segurança e políticas públicas disponíveis”, reforça Walkíria. 

 

Além disso, contar com uma rede de apoio que compartilhe suas descobertas nesse meio online e tecnológico é crucial para proporcionar acessibilidade, desenvolvimento social e sentimento de pertencimento. 

 

Assim, é possível encontrar grupos de autismo, lista de ONG’s que desenvolvem trabalho específico para essa área, compartilhar e descobrir os melhores aplicativos, jogos, atividades e muito mais para aplicar no dia a dia. 

 

A tecnologia a favor da família 

Estar praticamente 24h conectado é muito comum atualmente. A internet e diversas outras tecnologias são usadas para entretenimento, trabalho, registros de momentos, exposição de opiniões e uma série de outras descobertas. 

 

Ter acesso a tecnologias que contribuem para um bom prognóstico do espectro autista é um suspiro de alívio e esperança para famílias que se sentem perdidas em um primeiro momento ao receberem o diagnóstico. 

 

Porém, é mais do que isso: é a certeza de estar inserido – e não excluído – no mundo real com a possibilidade de seguir evoluindo com recursos que contribuem para isso. 

 

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Colaborou com o artigo: Walkiria Marqueti Rocha Medeiros, Psicóloga e Diretora Clínica no Instituto Zoom, aproximando pessoas especiais. Especializada e Pós graduada em TEA, Transtorno do Espectro Autista. Atuando há 11 anos no Instituto. 

 

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