Por Fabio Silvestre Cardoso*, especial para a MextMag
Um fato: neste momento, são milhões de pessoas que estão em confinamento forçado por conta da pandemia do Coronavírus. O temor de que esse lockdown pode provocar uma paralisia na economia global só não é maior do que o receio pelas vidas que serão ceifadas pelo Covid-19.
Enquanto os cientistas e médicos batalham para encontrar um antídoto contra o vírus, muitas empresas, para mitigar o impacto da economia, adotaram o modelo de trabalho remoto. Aqui não há nada de novo – mesmo antes da pandemia, as companhias já encorajavam seus colaboradores a trabalhar remotamente ao menos uma vez por semana.
O que se tem de diferente neste momento, no entanto, tem a ver com a escala. Não se tem notícia de uma virada tão grande como a que vem ocorrendo nas últimas semanas, quando muitos profissionais, mesmo os mais resistentes, perceberam que era necessário trabalhar de casa. Essa necessidade, sem dúvida alguma, cria uma oportunidade. Mas é fundamental observar quais são as melhores práticas para que esse processo não seja tão estressante.
O estresse não tem a ver apenas com as circunstâncias desse momento. Antes, está vinculada à adoção de uma rotina diferente, que coloca de lado a dinâmica do espaço compartilhado por um ambiente que é o da casa, que, a não ser por algumas exceções, não está adequado para que se execute atividades profissionais.
Em outras palavras, num primeiro momento, é fundamental ressaltar que o espaço da casa que vai se tornar em home office precisa estar em linha com a de um escritório. Em termos práticos, convém não confundir o ambiente despojado e de conforto com a ausência mínima de organização. Sim, talvez seja possível aprender alguma coisa com Marie Kondo.
Ainda no quesito rotina, vale a pena assinalar que a produtividade exige que haja um comprometimento em relação à execução das tarefas, uma vez que é natural dispersar a atenção, especialmente porque o ambiente favorece alguma leniência: é possível ir à geladeira com mais frequência que o normal; a internet não tem qualquer tipo de restrição; as pausas podem ser mais longas; e o fato de não ter hora para começar ou hora para acabar cria a falsa sensação de que, na hora que for preciso, é possível terminar o job do dia.
Para além disso, é interessante respeitar a consistência dos equipamentos à disposição. Como muitas empresas não estavam preparadas para o trabalho remoto, boa parte dos colaboradores não têm à sua disposição nem o software, nem o hardware adequados para o dia-a-dia do home-office. Assim, é comum que os computadores de mesa ou notebooks que são utilizados para videoconferências e aulas a distância logo “pedem água”, esquentando rapidamente. Em tempos de isolamento, o barulho do cooler mostra que o computador também pode ficar “estressado”.
A solução para tanto não tem a ver com investimentos em equipamentos novos. É bastante possível, aqui, adotar um modelo seminovo, em conformidade com as demandas corporativas, sem desprezar o orçamento das empresas – que, em tempos de crise, sofrem ainda mais restrições.
Ao que tudo indica, a sociedade terá de enfrentar um longo caminho até o restabelecimento das condições normais de temperatura e pressão pré-coronavírus. É mesmo possível que, assim como a retomada do crescimento econômico do Brasil e do mundo, a saída do confinamento seja aos poucos. Até lá, é fundamental estar preparado para o novo normal que se estabelece: o trabalho remoto não é o futuro idealizado; é o presente que se impõe.
Clique aqui para ler um artigo com mais detalhes sobre como trabalhar em home office.
*Fabio Silvestre Cardoso é jornalista, doutor em Integração da América Latina pela USP e mestre em Comunicação pela Universidade Anhembi Morumbi, onde também é professor. É autor do livro Capanema, lançado pela Editora Record. Linkedin
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